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Ultrassom transvaginal: quais são as indicações?

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Talvez você não saiba, mas o ultrassom transvaginal deveria ser um exame de rotina, afinal, ele é capaz de avaliar a saúde do sistema reprodutor feminino e identificar precocemente qualquer problema que acomete as estruturas do órgão reprodutor.

Além dessa função, o ultrassom transvaginal também pode confirmar uma gravidez e serve como acompanhamento pré-natal das gestantes.

Se você ainda não sabe como funciona, quais as contraindicações e quando e como se preparar para realizar a ultrassonografia transvaginal, continue a leitura, pois esclarecemos tudo isso neste conteúdo!

O que é ultrassom transvaginal?

O ultrassom transvaginal, também chamado de ultrassonografia transvaginal, é um exame feito para visualizar o órgão reprodutor feminino internamente. Ele pode ajudar no diagnóstico de alterações em todas as estruturas da pelve e genitália, que inclui vagina, útero, trompas e ovários, e também pode confirmar uma gravidez.

É um exame de imagem não invasivo que pode causar um leve incômodo, mas não é doloroso. As imagens fornecidas têm alta qualidade, possibilitando observar mais claramente possíveis irregularidades.

A ultrassonografia transvaginal é também o primeiro ultrassom obstétrico realizado por uma mulher grávida, normalmente, a partir da quinta ou sétima semana.

Há diferença entre o ultrassom transvaginal e endovaginal?

Apesar dos nomes diferentes, ambos os termos se referem ao mesmo tipo de ultrassonografia.

Ultrassom ou ultrassonografia transvaginal e ultrassom ou ultrassonografia endovaginal são nomes diferentes para o mesmo exame realizado na vagina, com o objetivo de avaliar os órgãos do aparelho reprodutor feminino e suas estruturas pélvicas.

Para que serve o transvaginal?

O ultrassom transvaginal serve para auxiliar no diagnóstico de diferentes problemas no aparelho reprodutor feminino, tais como cistos, infecções, gravidez ectópica e câncer.

Ele também é usado no acompanhamento de tratamentos de infertilidade, por exemplo, controle de crescimento de folículos ovarianos após tomar medicamentos que estimulam a ovulação.

Durante a gravidez, o ultrassom também serve para:

  • Avaliar se o embrião se fixou no lugar certo (no útero);
  • Confirmar se a gravidez é única, gemelar ou múltipla;
  • Verificar o tempo gestacional por meio do tamanho do embrião;
  • Examinar a placenta;
  • Identificar sinais de aborto;
  • Auxiliar durante o tratamento de fertilização.

Na ultrassonografia vaginal, pode ser que não dê para observar o feto, que ainda é muito pequenino, mas é possível escutar os batimentos cardíacos dele.

Vale dizer que esse exame não emite nenhum tipo de radiação, portanto, não oferece riscos para o desenvolvimento do bebê. Existem outros tipos de ultrassom durante a gravidez, e você pode ler mais neste post.

Quando deve ser feito?

Geralmente, o ultrassom transvaginal é solicitado em momentos que é preciso avaliar a saúde do aparelho reprodutor da mulher, principalmente quando alguma anormalidade é identificada no exame físico.

Há indicação também quando ocorrem dores, irregularidades na menstruação, suspeita de gravidez ectópica (quando o óvulo se fixa fora do útero), cistos, miomas, adenomiose ou endometriose. O ultrassom transvaginal também pode ser utilizado para identificar a posição do DIU no útero.

Contraindicações do US transvaginal

Para o ultrassom transvaginal, não há contraindicações em relação à menstruação ou sangramento irregular. Basta remover absorventes internos ou coletores menstruais, se for o caso.

O instrumento utilizado no exame será revestido por um preservativo, por isso, mulheres com sensibilidade ou alergia ao látex precisam informar isso ao médico. Além disso, se você sofre de vaginismo, ansiedade ou outra condição que leve à contração da musculatura vaginal e dificulte a introdução do transdutor, também precisa informar ao profissional.

Vale reforçar que esse exame não é indicado para mulheres que ainda não tenham tido relações sexuais.

Quando fazer o exame?

A periodicidade ideal do exame vai depender de cada pessoa. Normalmente, o profissional que acompanha é quem define isso. No entanto, é um exame de rotina que serve para diagnosticar precocemente qualquer complicação. Por isso, pode ser recomendado que ele seja feito anualmente.

Doenças identificadas e prevenidas pelo transvaginal

A partir do ultrassom transvaginal, é possível reconhecer sinais e diversas doenças. Estas são algumas:

Mioma uterino

Miomas uterinos são tumores uterinos benignos comuns. Eles são provenientes de uma única célula de desenvolvimento lento na musculatura do útero. Os miomas podem causar sangramento anormal, dor, pressão pélvica e complicações gestacionais.

Síndrome dos Ovários Policísticos

Os ovários das mulheres podem desenvolver cistos que são pequenas bolsas com material líquido ou semilíquido. A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico é o tamanho e o número de cistos.

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) pode gerar alterações menstruais, aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen, obesidade, acne, queda de cabelo e até infertilidade. Por isso, precisa de tratamento que pode envolver perda de peso e pílulas anticoncepcionais para controle hormonal.

Endometriose

Endometriose acontece quando pedaços do tecido endometrial crescem para fora do útero. É uma doença crônica que pode ser dolorosa. O principal sintoma é a dor na região inferior do abdômen e na região pélvica.

Gravidez ectópica

Gravidez ectópica acontece quando o óvulo fecundado se fixa em outras estruturas do corpo que não é o útero, por exemplo, nas trompas de falópio. Em casos mais raros, pode ocorrer no ovário, colo do útero ou cavidade abdominal.

É uma gestação sem futuro, pois o embrião não consegue se desenvolver normalmente e causa grave lesão nas estruturas que o rodeiam. Essa condição, se não tratada, traz elevado risco de morte.

Câncer de ovário

O câncer de ovário está associado a fatores genéticos, hormonais e ambientais e pode acometer mulheres em qualquer idade.

Os sintomas mais característicos são dores, aumento do volume abdominal, prisão do ventre e alteração da função digestiva. Por serem sinais envolvidos em outros problemas, é preciso manter atenção ao corpo para buscar ajuda médica.

Como é o processo do exame?

O processo da ultrassonografia transvaginal possui algumas recomendações para antes, durante e depois.

Preparativos para a ultrossonografia vaginal

Antes do exame, não é um problema ter mantido relações sexuais.

Uma boa recomendação é utilizar roupas facilmente retiradas para facilitar no momento de realizar o ultrassom. Pode ser que o profissional também entregue um avental clínico para isso.

O exame pode ser feito tanto com a bexiga vazia ou parcialmente cheia. Há, ainda, situações em que o médico solicita que o exame seja feito com a bexiga cheia para que ela afaste o intestino e facilite a interpretação das imagens.

Se for o caso, 2 a 3 copos de água devem ser ingeridos cerca de 1 hora antes do exame e o banheiro não deve ser utilizado até a realização do ultrassom.

Limpeza intestinal

Se o exame for indicado para avaliar a endometriose, é necessário realizar uma limpeza intestinal para averiguar se o problema também atingiu o intestino.

A limpeza deve ser feita no dia anterior por meio de uma dieta com alimentos mais leves que não produzem muito resíduo intestinal, como sucos coados, chás, água de coco, gelatina, sopas, entre outros. Além da dieta, medicamentos com efeito laxante são indicados sob orientação médica para limpar o intestino e facilitar a visualização.

Durante o exame

Durante o exame, a paciente fica em posição ginecológica, deitada em uma maca com as pernas afastadas e os joelhos levemente dobrados.

Como já mencionamos acima, um transdutor revestido com preservativo e lubrificante é inserido no canal vaginal e permanece por um período de 10 a 15 minutos. O transdutor também pode ser movido para buscar imagens melhores.

Enquanto o instrumento está no canal, ele emite ondas sonoras de alta frequência. São elas as responsáveis pela formação das imagens que são enviadas para um monitor pelo qual o profissional pode avaliá-las.

Depois do exame

Quando o exame chega ao fim, uma pequena quantidade de gel pode ficar dentro da vagina, mas não há nenhum incômodo ou problema nisso.

Se for o caso, depois de realizar o exame, a paciente deve levar o laudo para seu ginecologista ou obstetra que interpretará os exames e fará a devida avaliação e indicação de tratamentos.

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