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Azia: como tratar a queimação no estômago?

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É bem comum algumas pessoas sentirem azia, principalmente após alguma refeição. A sensação de queimação no estômago pode se manifestar pelo menos uma vez a cada mês, ou até mais, em certos casos. Normalmente, mudanças de hábitos e de estilo de vida colaboram para o alívio desse desconforto.

No entanto, também há situações em que esse sintoma se torna frequente. Quando se transforma em um problema persistente, a azia pode ser, na verdade, uma evolução de um quadro de refluxo gastroesofágico. Por isso, é importante buscar ajuda médica.

Neste artigo, vamos abordar o que você precisa saber sobre a azia, suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Aproveite a leitura para tirar todas as suas dúvidas!

O que é azia?

A azia é caracterizada por uma sensação de desconforto e queimação que costuma aparecer na “boca” do estômago, na garganta ou no peito. Em sua maioria, ela afeta a parte mais baixa do esôfago – que é o “tubo” que sai da boca e vai até o estômago.

É frequente que o paciente tenha também dor ou desconforto abdominal, sensação de enfartamento, eructações, vômitos ou perda de apetite.

Azia e refluxo

Vale ressaltar que a azia e o refluxo gastroesofágico podem ser basicamente a mesma coisa. Ambos são classificados como uma disfunção que acomete o esfíncter cárdico.

Quando ele fica flácido, acaba não fazendo a correta vedação do estômago, provocando o retorno do bolo alimentar ao esôfago junto com o suco gástrico e causando a sensação de refluxo.

Um dos motivos para isso acontecer são os movimentos estomacais que facilitam a abertura do esfíncter que já está flácido.

Principais sintomas da azia

Um dos sintomas mais comuns é a sensação de queimação no peito e a dor torácica, o que pode gerar confusão, pois são bem parecidas com sintomas cardíacos.

Por isso, é fundamental sempre procurar ajuda médica. O especialista mais indicado para tratar do refluxo é o gastroenterologista.

Há outros sinais que vale você ficar atento, como:

  • Arroto;
  • Dor quando você dobra o corpo ou deita;
  • Indigestão;
  • Gosto amargo, ácido ou salgado na garganta;
  • Distúrbio do sono;
  • Ardor na garganta;
  • Dificuldade para engolir.

Também há alguns sintomas chamados de extraesofágicos. Esses são mais difíceis de se manifestar, mas podem acontecer. São eles:

  • Rouquidão;
  • Tosse frequente depois de comer;
  • Sinusite;
  • Asma;
  • Otite média;
  • Mau hálito.

Causas da queimação no estômago

Não é possível dizer que existe uma única causa para o surgimento da azia. No entanto, muitas pesquisas e ensaios médicos já mostraram que fatores de risco, como anormalidades motoras, problemas anatômicos e hábitos de vida, podem ser uma explicação.

Além disso, as alterações no esfíncter, que separa o esôfago do estômago, e a hérnia de hiato, condição em que o estômago impulsiona o músculo do diafragma, são possíveis causas para a sensação de queimação.

A fragilidade das estruturas musculares da região também é um ponto de partida para que o refluxo gastroesofágico apareça.

Existem outros fatores que fazem algumas pessoas serem mais propensas a apresentarem esse tipo de problema, como:

  • Condições que reduzem a secreção de saliva e contrações do esôfago;
  • Uso de tabaco;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Altos níveis de estresse;
  • Hérnia de hiato;
  • Refeições volumosas antes de dormir;
  • Medicamentos, como anti-inflamatórios;
  • Aumento da pressão intra-abdominal;
  • Dieta com muitas gorduras e alimentos que relaxam o esfíncter cárdico.

Como diagnosticar o refluxo?

Em grande parte, o diagnóstico da azia é clínico e se baseia no levantamento do histórico familiar e de saúde do paciente.

O médico também poderá solicitar exames complementares para fazer um diagnóstico mais completo, como:

  • Endoscopia;
  • Laringoscopia;
  • Estudos de acidez (pHmetria);
  • Manometria;
  • Impedanciometria.

Ao analisar fatores como idade, persistência e intensidade dos sintomas, o especialista poderá optar por solicitar a endoscopia digestiva alta, que trará dados sobre a mucosa do esôfago, estômago e duodeno.

Esse exame – assim como a pHmetria – é muito importante para chegar a um diagnóstico definitivo.

Endoscopia é uma forma de diagnóstico?

endoscopia é um exame feito via oral que investiga o sistema digestivo. Esse exame é bem comum de ser solicitado em pacientes que apresentam queimação no estômago, azia, refluxo e má digestão.

No entanto, ele também pode ser usado para pessoas que tenham histórico familiar de câncer na região, sendo um aliado no monitoramento do quadro de saúde.

É importante ressaltar que, para se fazer a endoscopia, é preciso ficar em jejum de 8 a 23 horas, sem nem mesmo beber água. Esse preparo é fundamental para que se visualize os órgãos de forma adequada.

Para realizar o exame, o paciente será sedado, com uma medicação que tem efeito curto para durar apenas no tempo do exame. A captação das imagens é feita com o auxílio do endoscópio, um aparelho flexível que contém uma câmera.

Formas de tratamento da azia

O tratamento para essa condição colabora no alívio dos sintomas, na melhora de possíveis lesões da mucosa do esôfago e para prevenir complicações, como a esofagite erosiva.

O médico pode recomendar tratamento clínico, além das mudanças para um estilo de vida mais saudável. São raros os casos em que a abordagem precisa ser cirúrgica.

Tratamento clínico

Nessa modalidade, é usado medicamentos para reduzir a quantidade de ácidos estomacais e favorecer a motilidade dos tecidos.

Alguns desses medicamentos que diminuem a acidez podem também facilitar a cicatrização das lesões, como é o caso dos inibidores de bomba de prótons.

O paciente receberá orientação médica para perder peso, caso necessário, adotar uma dieta balanceada e evitar alimentos e bebidas que possam agravar o seu quadro.

Para mudar hábitos alimentares, a pessoa deverá buscar a ajuda de um nutricionista que fará o acompanhamento correto.

Tratamento cirúrgico

Esse tipo de tratamento só é adotado quando o paciente não responde bem ao tratamento clínico. Em sua maioria, ela é indicada no momento que a pessoa estiver desenvolvendo complicações, como a úlcera ou esofagite grave.

A cirurgia pode ser feita de forma convencional ou por laparoscopia, que é recomendada em casos de hérnia de hiato. Além disso, ela é necessária para inserir uma válvula antirrefluxo.

Como prevenir o refluxo?

Em alguns quadros não é possível prevenir o surgimento da azia, como os distúrbios de motilidade e a hérnia de hiato.

No entanto, os hábitos saudáveis ajudam a prevenir o refluxo esofágico quando se está em uma fase mais inicial, como:

  • Não fumar;
  • Moderar o consumo de álcool;
  • Evitar tomar café puro;
  • Evitar comer antes de deitar;
  • Evitar tomar líquidos durante as refeições;
  • Não dormir imediatamente depois da última refeição;
  • Priorizar uma alimentação leve e equilibrada;
  • Manter o peso equilibrado.

Também é fundamental evitar ingerir:

  • Alimentos gordurosos, ultraprocessados e embutidos, pois levam mais tempo para digerir;
  • Frutas e sucos cítricos por ser mais ácidos;
  • Açúcar, doces, café, alho, menta e cebola, pois facilitam o relaxamento do esfíncter;
  • Refrigerantes, pois causam inchaço e aumentam a pressão na parte inferior do esôfago;
  • Pimentas e frituras, que atrasam o esvaziamento estomacal.

Além de seguir as recomendações listadas acima, você deve fazer as refeições com cautela e sem ingerir grandes quantidades de uma vez. O ritmo da mastigação precisa ser devagar, evitando, assim, que entre ar.

Outra dica muito importante é procurar o auxílio de um nutricionista para te acompanhar nessa rotina de mudanças de hábitos alimentares.

E, claro, na primeira vez que sentir um dos sintomas citados neste artigo, se consulte com um médico gastroenterologista. Ele é o profissional mais indicado para fazer o diagnóstico e orientar para o tipo de tratamento ideal para o seu caso.

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